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Ser professor de ciências experimentais hoje: caminhos e desafios para e na ação turma A14_T1_24_25

Apresentação

É na sala de aula que o professor faz a diferença, gere a diversidade, incluindo e não excluindo e capacitando-os de conhecimentos/atitudes/valores que devem perdurar para além da Escola…pois não existe Escola sem conhecimento e todos têm direito a aprender. Nesse sentido tem surgido um crescente de normativos que pretendem esclarecer/implementar essa forma de ensinar/aprender/avaliar mais justa, equitativa e inclusiva. As aprendizagens essenciais (AE) na área das ciências reforçam a necessidade de articular os conhecimentos com as competências inscritas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, bem como o desenvolvimento de uma cultura tecnológica e científica de base humanística. Assim, os professores são convocados para a necessidade de utilizarem estratégias que contribuam para o desenvolvimento do espírito crítico, a resolução de problemas e o trabalho em equipa. As AE em ciências pressupõem a centralidade do trabalho prático (laboratorial e experimental), desenvolvendo o raciocínio e a capacidade de resolver problemas (observação, formulação de hipóteses e interpretação), pelo que os professores de ciências deverão desenvolver a literacia científica dos alunos, despertando a curiosidade acerca do mundo que os rodeia e o interesse pela Ciência. Questões como: Como perceciona o professor de ciências as atividades práticas? Que instrumentos de trabalho e organização dos alunos privilegia? Como avalia essas tarefas? Como dá feedback? Que estratégias utiliza para que os alunos desenvolvam competências ao nível do trabalho em equipa e da literacia científica? Estas e outras questões serão debatidas num clima dialógico e de capacitação do professor de ciências para os desafios que se colocam hoje!

Destinatários

Professores dos Grupos 230, 420, 510 e 520

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 230, 420, 510 e 520. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 230, 420, 510 e 520.

Objetivos

- Ser professor de ciências experimentais hoje: potencialidades e desafios; - Percecionar, à luz do enquadramento normativo, a pertinência e validade do ensino das ciências experimentais: o que pressupõe? O que requer? - Compreender o contributo do trabalho prático (incluindo o laboratorial, o experimental e as saídas de campo) para a consolidação das aprendizagens inscritas nas AE e competências a adquirir segundo o PASEO; - Conhecer e utilizar as metodologias de aprendizagem ativa no âmbito das ciências experimentais; - Desenvolver uma avaliação pedagógica centrada no trabalho prático, diversificando métodos e instrumentos e envolvendo os alunos no processo de avaliação, numa lógica de autorregulação e de capacitação de competências de nível mais elevado; - Desenhar, implementar e avaliar uma atividade prática e/ou experimental com recurso às metodologias ativas de aprendizagem; - Proporcionar experiências de aprendizagem cooperativa alicerçadas no trabalho prático em ciências.

Conteúdos

- Enquadramento teórico e legal do Dec. Lei nº 55/2018: desafios e potencialidades a nível pedagógico e curricular; - Articulação entre as aprendizagens essenciais das disciplinas de ciências e o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: o que requer? Como operacionalizar? - A importância e centralidade do trabalho prático em ciências: o que pressupõe? Que finalidades? Como se desenvolve? O que desenvolve? - Desenvolvimento das áreas de competências do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória: o papel e ação das metodologias ativas e colaborativas de aprendizagem, com enfoque no trabalho prático em ciências (incluindo o laboratorial e o experimental); - Apropriação dos contributos e INPUT das tecnologias e recursos digitais na aprendizagem baseada em metodologias ativas em ciências; - Abordagens pedagógicas diferenciadas e centradas nos alunos (aprendizagem baseada na resolução de problemas, inquiry based-learning, trabalho de projeto, sala de aula invertida, aprendizagem por descoberta guiada e estudos de caso); - Implementação, em contexto educativo, de abordagens de aprendizagem ativa e colaborativa, entre alunos: desafios e potencialidades; - Métodos e técnicas de e para a avaliação de atividades de aprendizagem ativa em ciências no contexto do trabalho colaborativo: o papel e importância do trabalho prático (incluindo o trabalho prático, experimental e saídas de campo); - O papel e função dos alunos antes, durante e após a realização do trabalho prático em ciências: conhecer para implementar e avaliar (Que critérios? Que instrumentos? Que recursos pedagógicos? Que acompanhamento?); - Planeamento, concretização e avaliação pedagógica de atividades de aprendizagem ativa e colaborativa em ciências experimentais: perspetiva sistémica da aprendizagem, tendo em vista a aquisição de uma literacia científica desafiante, interventiva e questionadora.

Avaliação

A avaliação será traduzida numa escala de classificação quantitativa de 1 a 10 valores. Os critérios serão elaborados de acordo com as orientações da entidade formadora, tendo por base os seguintes itens: - Participação nas sessões (30%) – pertinência e adequação das intervenções e/ou reflexões em contexto formativo; - Trabalho escrito individual (70%) – Planificação, implementação e avaliação pedagógica de atividades de aprendizagem de caráter iminentemente prático e/ou experimental tendo por base as metodologias ativas de aprendizagem; Relatório reflexivo e de pendor crítico sobre a aplicação, em sala de aula, das atividades concebidas, implementadas e avaliadas.

Bibliografia

- Alargamento da Escolaridade Obrigatória: Contextos e Desafios. Textos do Seminário realizado no CNE a 13 de abril de 2015. Disponível em http://www.cnedu.pt/content/edicoes/seminarios_e_coloquios/LIVRO_Alargamentodaescolaridadeobrigatoria.pdf- Cosme, A. (2018). Autonomia e Flexibilidade Curricular. Propostas e estratégias de ação. Porto: Porto editora.- Leite, L. (2001). “A Promoção da Aprendizagem das Ciências no Contexto da Reorganização Curricular: Contributos do Trabalho Prático”, in Didácticas e metodologias de educação: Percursos e desafios, org. António Neto et al. (Évora: Universidade de Évora, 2001): 1109, https://hdl.handle.net/1822/10171- Leite, L. (2000). O trabalho laboratorial e a avaliação das aprendizagens dos alunos. In Sequeira, M. et al. (org.). Trabalho prático e experimental na educação em ciências. Braga: Universidade do Minho, 91 - 108.- Luís Dourado “Trabalho Prático, Trabalho Laboratorial, Trabalho de Campo e Trabalho Experimental no Ensino das Ciências - Contributo para uma Clarificação de Termos, in (Re)pensar o ensino das ciências ministério da educação departamento do ensino secundário, eds. A. Veríssimo, A. Pedrosa & R. Ribeiro (Ministério da Educação - Departamento do Ensino Secundário, 2001): 13, http://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Secundario/Documentos/Programas/CE_Programa/publicac oes_repensar.pdf

Formador

Paula Gracinda Arnaud Monteiro Dias

Cronograma

Sessão Data Horário Duração Tipo de sessão
1 10-03-2025 (Segunda-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
2 17-03-2025 (Segunda-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
3 24-03-2025 (Segunda-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
4 24-04-2025 (Quinta-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
5 28-04-2025 (Segunda-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
6 05-05-2025 (Segunda-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
7 26-05-2025 (Segunda-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
8 29-05-2025 (Quinta-feira) 17:30 - 21:30 4:00 Presencial
Início: 10-03-2025
Fim: 29-05-2025
Acreditação: CCPFC/ACC-127322/24
Modalidade: Oficina
Pessoal: Docente
Regime: Presencial
Duração: 50 h
Local: CFIAP - Escola Secundária Adolfo Portela

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