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Descobrir novos mundos nas orlas do património turma A26-24_25

Apresentação

A escola como espaço de formação holística poderá ser, também, considerada uma entidade cultura e a par e em colaboração com as outras entidades culturais pode ter um papel muito importante no conhecimento e na correta preservação do património material, imaterial e natural. Durante a formação da nossa nacionalidade e até aos alvores do Portugal liberal a arte decorativa na arquitetura, na talha das igrejas, retabulária, cadeirais e púlpitos, e na azulejaria deixou-nos um riquíssimo espólio que, à vista de todos, continua desconhecido, esquecido e pouco interpretado e incompreendido. Ao mesmo tempo, espaços naturais eram minuciosamente escolhidos para abrigarem edificações, escondendo segredos da sua seleção e que, ao longo de séculos, foram sofrendo alterações no espaço e na sua envolvência de acordo com o crescimento urbano, rural e populacional. Num mundo que procura a harmonia entre presente e passado, entre modernidade e património, o diálogo daqueles elementos marginais, muitas vezes com a literatura oral que chegou até aos nossos dias, promove a multidisciplinariedade e a articulação de diferentes conhecimentos, ligados a diferentes heranças culturais nelas. Para além da classificação estilística e de marcação cronológico-histórico-artística, procura-se uma descoberta dos seus significados e da viagem das formas e ideias até nós, numa didática que saia da escola e procure envolver diferentes agentes culturais na descoberta dos seus segredos.

Destinatários

Professores dos Grupos 200, 240, 300, 400, 410, 420 e 600

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 200, 240, 300, 400, 410, 420 e 600. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 200, 240, 300, 400, 410, 420 e 600.

Objetivos

- Fornecer informação acerca da função imagética, textual, conceptual e conjuntural dos elementos do Património. - Interligar diferentes conhecimentos com espaços, suportes, técnicas, contextos e simbologia na evolução do património material, imaterial e natural. - Consciencializar para a importância da preservação de práticas, tradições, imagens e espaços como identidade comunitária e património material, imaterial, paisagístico e natural. - Compreender a cultura como um processo evolutivo e como, agora e no passado, um vasto conjunto de multiplicidades aparentemente desalinhadas. - Perceber a importância de receção, ao longo da história, de elementos e práticas de diferentes culturas no nosso vasto património nacional e regional. - Promover o espírito crítico, a imaginação e a criatividade dos alunos, através da aplicação, pelos formandos, da exploração e descoberta desses elementos identitários e patrimoniais - Despertar o diálogo entre as diferentes gerações e a interculturalidade através das trocas de tradições, práticas e memórias de outros povos e culturas, incentivando a criação de atividades integradoras na escola e na comunidade.

Conteúdos

1- Arte, cultura e património(s): material, imaterial e natural. Distinção, classificação, critérios, contexto histórico, social, cultural e artístico e processo evolutivo. 2- Arte, cultura, História, memória e património: do Mundo para o nacional e para o local, do Oriente para o Ocidente. As relações de interculturalidade e a introdução de elementos pagãos na cultura cristã em diferentes suportes e espaços materiais e naturais. 3- Mentalidade, cultura, práticas e tradições: a produção artística e práticas populares na criação, interpretação e indistinção entre o sagrado e o profano e entre o erudito e o popular. Lendas, histórias, fábulas e literatura na representação figurativa popular. 4- Espaço e representação na arte local a partir da conceção cosmogónica de tradição oral: lendas, histórias, fábulas e milagres na ordenação do espaço natural e de natureza e na construção do espaço habitado - da fantasia à realidade. 5- Os tipos de representações e os locais escolhidos: cenas historiadas, a sátira, o culto e a hagiografia na arquitetura (capitéis, mísulas, cachorradas, gárgulas), na talha (retabulária, cadeirais, púlpitos), no azulejo (de padrão, de recorte, avulso), no mobiliário religioso e civil (arcazes, oratórios, contadores, secretárias) e objetos pessoais (ex-votos, imagens, tábuas). 6- A viagem das formas e das linguagens artísticas não europeias. A introdução do gosto pelo exotismo, das práticas e tradições das velhas e novas minorias e a cultura mundana: cartografia, música, dança e teatro. 7- A arte e a cultura como recursos pedagógicos: da educação pela arte à educação artística; Articulação de aprendizagens essenciais de diferentes épocas culturais entre as áreas disciplinares de História, Geografia, Filosofia, Português e Artes Visuais.

Metodologias

Discussão e partilha de experiências, com e sobre património, de diferentes saberes e conhecimentos entre os formandos. Levantamento, observação e análise de elementos patrimoniais com diferentes abordagens disciplinares. As sessões de formação de caráter teórico/prático, com sessões de visitas a locais patrimoniais e através de atividades práticas (pequenos trabalhos de pesquisa, debates, plenários), aprofundando e relacionando aspetos de integração social, económica, política, cultural, memorial e aspetos estéticos, artísticos e técnicos. Procurar-se-á aplicar os elementos patrimoniais, tradições, representações e a figurações como recursos pedagógicos para exploração e proficiência do ensino para a aprendizagem, de acordo com as aprendizagens essenciais num âmbito interdisciplinar

Avaliação

A avaliação será traduzida numa escala de classificação quantitativa de 1 a 10 valores. Os critérios serão elaborados de acordo com as orientações da entidade formadora, tendo por base os seguintes itens: - Participação nas sessões– dinâmica e qualidade das intervenções (30%); - Trabalho escrito individual (70%).

Bibliografia

BRAGA, Maria Manuela – “A marginália satírica nos cadeirais do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e Sé do Funchal”. in Medievalista online. N° 1. Instituto de Estudos Medievais da Universidade Nova de Lisboa: 2005.CHEVALIER, Jean e GHEERBRANT, Alain – Dicionário de símbolos. Lisboa; Editorial Teorema: 1994.PEREIRA, Nuno Moniz – Símbolos da Igreja Cristã. Lisboa; Edição Presselivre: 2005PEREIRA, Paulo – A Obra Silvestre e a Esfera do Rei: Iconologia da Arquitectura Manuelina na Grande Estremadura. Coimbra; Instituto de História da Arte da FLUC: 1990.PEREIRA, Paulo – Decifrar a arte em Portugal (6volumes). Maia; Círculo de Leitores: 2014

Formador

António José Leandro Costa Ferreira

Cronograma

Sessão Data Horário Duração Tipo de sessão
1 16-01-2025 (Quinta-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
2 23-01-2025 (Quinta-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
3 30-01-2025 (Quinta-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
4 06-02-2025 (Quinta-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
5 13-02-2025 (Quinta-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
6 20-02-2025 (Quinta-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
7 06-03-2025 (Quinta-feira) 18:00 - 21:00 3:00 Presencial
8 20-03-2025 (Quinta-feira) 17:30 - 21:30 4:00 Presencial
Início: 16-01-2025
Fim: 20-03-2025
Acreditação: CCPFC/ACC-130295/24
Modalidade: Curso
Pessoal: Docente
Regime: Presencial
Duração: 25 h
Local: CFIAP - Escola Secundária Adolfo Portela

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