Trabalho de Projeto em Matemática: Pensamento Computacional e Inteligência Artificial turma A15_T1_25_26
Apresentação
Esta ação visa capacitar professores de Matemática para a implementação do trabalho de projeto como estratégia pedagógica, promovendo aprendizagens significativas e interdisciplinares. O trabalho de projeto é uma componente obrigatória nos programas da disciplina de Matemática no ensino secundário, conforme estabelecido nas novas Aprendizagens Essenciais homologadas pelo Despacho n.º 702/2023, de 13 de janeiro. A formação alinha-se com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, valorizando a autonomia, o pensamento crítico, a comunicação e a cidadania. Responde à necessidade de integrar tecnologias digitais, pensamento computacional e inteligência artificial no ensino da Matemática, potenciando a inovação pedagógica e a articulação com os temas opcionais do 12.º ano. Insere-se no plano de atividades da entidade proponente como resposta à valorização da prática docente e ao desenvolvimento profissional contínuo.
Destinatários
Professores do Grupo 500
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores do Grupo 500. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores do Grupo 500.
Objetivos
No final da formação, os professores participantes devem: Compreender o papel do trabalho de projeto nas Aprendizagens Essenciais. Explorar metodologias de avaliação formativa e instrumentos de apoio. Integrar pensamento computacional, tecnologias digitais e inteligência artificial em projetos matemáticos. Desenvolver conteúdos didáticos e projetos aplicáveis ao ensino. Promover a reflexão colaborativa e a partilha de práticas entre docentes.
Conteúdos
1. Fundamentos do trabalho de projeto e sua articulação com o Perfil dos Alunos Tipos de trabalho de projeto: estruturado vs. não estruturado Competências visadas no Perfil dos Alunos Exemplos de integração curricular nos programas de Matemática Planeamento e fases do projeto 2. Avaliação formativa e sumativa: rubricas, relatórios, apresentações Diferenças entre avaliação formativa e sumativa Construção de rubricas de avaliação Avaliação de processos e produtos Apresentações orais, escritas e multimédia Autoavaliação e coavaliação 3. Pensamento computacional: decomposição, abstração, algoritmos, padrões Definição e importância no ensino da Matemática Atividades práticas com foco em algoritmos e padrões Relação com resolução de problemas e modelação Exemplos com pseudocódigo e fluxogramas 4. Tecnologias digitais: GeoGebra, folhas de cálculo, Python, IA generativa Utilização de GeoGebra para visualização e modelação Folhas de cálculo para análise de dados e simulações Programação em Python: exemplos simples e aplicados Ferramentas de IA generativa (ChatGPT, Copilot) para apoio à escrita, análise e feedback Ética e limites da IA na educação 5. Projetos com temas opcionais do 12.º ano: matrizes, integrais, inferência estatística Modelação com matrizes (ex. redes de transporte) Integrais aplicados a áreas e volumes Inferência estatística com dados reais Exploração de recursos digitais e bibliográficos 6. Projetos com foco na cidadania e sustentabilidade: estatística aplicada, dados reais Utilização de dados do INE, PORDATA, Eurostat Projetos sobre desigualdades, ambiente, saúde pública Articulação com outras disciplinas (STEAM) Comunicação de resultados para públicos diversos 7. História da matemática como ponto de partida para projetos Episódios históricos relevantes (ex. pontes de Königsberg, Fibonacci, Hipátia) Projetos sobre trigonometria, sucessões, cálculo Recursos e bibliografia recomendada Valorização da dimensão cultural da Matemática 8. Trabalho de grupo para criação de conteúdos didáticos Definição de objetivos e público-alvo Planeamento e desenvolvimento colaborativo Construção de instrumentos de avaliação Apoio à escrita e revisão com ferramentas digitais 9. Apresentação dos projetos desenvolvidos pelos formandos Formatos possíveis: apresentações orais, pósteres, vídeos, relatórios Comunicação matemática clara e rigorosa Discussão entre pares e feedback construtivo 10. Discussão, reflexão e avaliação da formação Análise dos projetos apresentados Reflexão sobre práticas pedagógicas Identificação de desafios e oportunidades Avaliação da ação de formação e propostas de continuidade
Metodologias
A formação será presencial, com sessões expositivas, práticas e colaborativas. Serão usadas metodologias que fomentam a proatividade dos formandos, conjugando momentos de exposição com atividades de prática e reflexão. A abordagem será centrada na experiência, na construção coletiva de conhecimento e na aplicação pedagógica. As metodologias incluem: 1. Apresentação e exploração das diversas temáticas constantes dos conteúdos da ação. 2. Realização de tarefas práticas em ambiente colaborativo. 3. Complementaridade entre trabalho em pequenos grupos e momentos de discussão em grande grupo. 4. Exploração de ferramentas digitais e de inteligência artificial, como GeoGebra, Python, folhas de cálculo e IA generativa (ChatGPT, Copilot, entre outras), aplicadas ao trabalho de projeto e à avaliação. 5. Sessão 8 dedicada ao trabalho de grupo, em que os formandos criam conteúdos didáticos ou projetos aplicáveis ao ensino. 6. Sessões 9 e 10 dedicadas à apresentação dos projetos, com espaço para discussão, feedback entre pares e reflexão final sobre a formação.
Avaliação
Os/As formandos/as serão avaliados na escala de 1 a 10, de acordo com o despacho no 4595/2015, do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar. A avaliação dos/as formandos/as depende da frequência mínima de 2/3 das horas de formação presencial. A avaliação dos Formandos decorre em conformidade com o Regime Jurídico da Formação Contínua, nº2 do artº do ECD, aprovado pelo Decreto-Lei nº 15/2007, de 19 de janeiro e a carta circular CCPFC-3-2007-Setembro. A avaliação do desempenho dos formandos tem em conta os seguintes parâmetros: - Participação nas sessões (qualidade das intervenções e do trabalho desenvolvido no decorrer da ação); - Trabalho individual de aplicação de conhecimentos. Com os seguintes Critérios de avaliação: - Participação nas sessões (30%) - Trabalho escrito individual (70%)
Bibliografia
Amado, N. & Carreira, S. (2019). Trabalho de Projeto.Ponte, J. P. et al. (1998). Projetos Educativos: Matemática Ensino Secundário.COMAP (2016). For All Practical Purposes Mathematical Literacy in Todays World.George Lucas Educational Foundation (2021). Project-Based Learning (PBL) Edutopia.DGE Aprendizagens Essenciais de Matemática A, MACS, Matemática B e aplicadas aos cursos profissionais.
Formador
Sylvie Lopes Marques